sexta-feira, 30 de junho de 2017

Vladimir Carvalho


VLADIMIR CARVALHO


Vladimir Carvalho nasceu em Itabaiana, interior da Paraíba. Preocupado com a educação de Vladimir, o pai o conduz a Recife, entregando-o aos cuidados de sua tia Alayde, irmã de Mazé. Ali começa, de fato, a cursar o primário, longe dos banhos de rio e dos apelos da feira semanal de Itabaiana, uma verdadeira festa para o menino. Sente profundamente a ausência dos pais. Conforta-o, entretanto, a vida na metrópole pernambucana, onde descobre um mundo inteiramente diferente do interior paraibano. Em 1949 volta à Paraíba, sempre morando com a tia Alayde, que vai viver em João Pessoa.

Terminado o ginásio, em 1954, onde foi aluno de geografia de Linduarte Noronha, que ainda não era cineasta, ingressa no curso clássico. Fazia um programa de rádio, Luzes do Cinema, em 1959, em João Pessoa, e colaborou na imprensa local como crítico iniciante, quando Noronha o convidou para escrever o roteiro de Aruanda, do qual seria, depois, também assistente de direção, com João Ramiro Mello.

Logo depois, dirigiu com João Ramiro Neto “Romeiros da Guia”, em 1962, sobre a peregrinação anual de pescadores do litoral de João Pessoa à Igreja de Nossa Senhora da Guia. Na Bahia, foi assistente de produção da primeira fase de “Cabra marcado para morrer”, em 1984, de Eduardo Coutinho. Em 1967, dirigiu o curta “A bolandeira”, sobre os engenhos de cana de tração animal do sertão paraibano. De 1967 a 1971, fez seu primeiro longa-metragem, “O país de São Saruê”, durante longo tempo proibido pela censura. 

Em 1969, foi para Brasília lecionar na universidade e lá realizou “Vestibular 70”. Em seguida, fez três filmes de média-metragem: “Incelência para um trem de ferro”, em 1972, “A pedra da riqueza”, em 1975 e “Brasília segundo Feldman”, em 1979. Seguiram-se dois longas, “O homem de areia”, em 1981, e “O evangelho segundo Teotônio”, em 1984. Em 1990, “Conterrâneos velhos de guerra” contou a história da construção de Brasília. 

Em 2000, Vladimir é convidado para presidir a Fundação Astrojildo Pereira, entidade criada com o objetivo de divulgar e incentivar a cultura brasileira, além de preservar a história dos militantes comunistas brasileiros. Em 2001, lançou “Barra 68”, que contou o episódio da invasão da Universidade de Brasília pelo exército no ano de 1968. Em 2007, foi a vez do documentário “O engenho de Zé Lins”, sobre o escritor José Lins do Rego.

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