sexta-feira, 30 de junho de 2017

José Américo de Almeida


JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA


José Américo de Almeida nasceu em Areia, Paraíba. Órfão de pai aos 9 anos, o menino foi entregue aos cuidados do tio Padre Odilon Benvindo. O escritor fez seus estudos no Seminário da capital paraibana e no Liceu Paraibano. Em 1903, ingressou na Faculdade de Direito do Recife e obteve do governo a nomeação para o cargo de promotor público na comarca de Sousa. Em 1911, passou a ocupar as elevadas funções de Procurador Geral do Estado.

Em 1922, o paraibano publicou "Reflexões de uma cabra". No ano seguinte, lançou a obra "A Paraíba e seus problemas", de grande conteúdo social. Já a publicação do romance "A bagaceira", em 1928, projetou-lhe o nome em todo o país, com o destaque dado à literatura regionalista. Depois do sucesso dessa obra, José Américo publicou ainda os romances "O boqueirão", em 1935, e "Coiteiros".

Secretário do Interior e Justiça durante o governo de João Pessoa, na Paraíba, teve de enfrentar os conflitos políticos na região de Princesa. Com a vitória da Revolução de 1930 assumiu, de 1930 a 1934, o Ministério da Viação e Obras Públicas. Um desastre aéreo na cidade de Salvador, em 1932, deixou-o seriamente ferido.

Em 1934, Getúlio Vargas o nomeou para o cargo de Embaixador do Brasil junto à Santa Sé. Eleito senador em 1935, o paraibano seria, algum tempo depois, designado Ministro do Tribunal de Contas da União. Em 1937 foi apresentado como candidato dos partidos governistas à presidência da República, com grandes probabilidades de vitória, mas o golpe de Estado de 10 de novembro desse ano suprimiu a campanha eleitoral. O Congresso Nacional foi dissolvido e outorgada ao país uma Carta Constitucional, pela qual era implantado o Estado Novo.

Em fevereiro de 1945, com uma entrevista ao matutino carioca "Correio da Manhã", José Américo contribuiu decisivamente para pôr fim à ditadura implantada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937. Nas eleições de 1945, o político foi eleito senador pelo seu estado natal. Mais tarde, recompôs-se politicamente com o ex-ditador voltando a ocupar a pasta ministerial da Viação e Obras Públicas, cargo em que se conservou até o suicídio do presidente na manhã de 24 de agosto de 1954.

José Américo entregou-se à tarefa de escrever as suas memórias e, em 1966, ingressou na Academia Brasileira de Letras, ocupando a vaga deixada pelo trágico falecimento do professor Maurício de Medeiros.
A União Brasileira de Escritores prestou-lhe significativa homenagem, em 1977, como "O Intelectual do Ano". No ano anterior publicara mais um livro de memórias, intitulado "Antes que me esqueça

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