sexta-feira, 30 de junho de 2017

Geraldo Vandré


GERALDO VANDRÉ


Geraldo Vandré nasceu em João Pessoa, capital da Paraíba. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezesseis anos, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). 

Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso “Disparada”, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque. Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com “Pra não dizer que não falei de flores”. A composição era um hino de resistência contra o governo militar e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. O sucesso acabou em segundo lugar no festival, perdendo para “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim. Simone foi a primeira artista a cantar “Pra não dizer que não falei de flores”, depois do fim da censura, conquistando enorme sucesso de público e crítica.

Concluiu a faculdade de Direito, ligando-se a movimentos estudantis de grande repercussão, no entanto, deixou de lado seu diploma em função da sua grande paixão pela música. Com a promulgação do AI-5 (Ato Institucional nº 05) e o acirramento da ditadura, foi exilado e morou no Chile, França, Argélia, Alemanha, Áustria, Grécia e Bulgária nos quatro anos que ficou fora do Brasil. Vandré tornou-se uma espécie de "mito" da resistência à ditadura, por ter ficado sem fazer shows no Brasil desde 1968. Apresentou-se no Paraguai em 1982 e 1985, rompendo mais de uma década de silêncio. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe.

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